sexta-feira, agosto 02, 2019

::Resenha:: Reversed - Ignition to the Apocalypse

Reversed - Ignition to the Apocalypse (2018)

Mineiros de Poços de Caldas, o Reversed foi fundado no ano de 2015. E em 2018 lançam seu primeiro trabalho, o full-length "Ignition to the Apocalypse", composto de nove faixas e vinte e oito minutos de duração. Lançamento nacional através do selo Extreme Sound Records, gravado, mixado e masterizado no Gilson Home Studio, produzido por Gilson Ghigiarelli e pelos músicos da banda, Sérgio Alcântara (guitarrista) e Caimi Nery (baterista). A capa leva a assinatura do grande Marcelo Vasco, que já trabalhou com Slayer, Kreator, Testament e outros. 

O Reversed pratica um Death Metal cru, direto ao ponto, sem firulas e invenções desnecessárias. O som é pesado, bruto e denso. Suas letras abordam críticas à religiões e políticos, violência e guerra. O álbum inicia-se com "New Inflexible Aurora", uma espécie de faixa-introdução com um minuto e vinte segundos de duração, que apresenta o som de confrontos armados e uma tradicional sirene de ataque aéreo seguido do metal extremo que certamente bebe da fonte de outras bandas mineiras. Com uma veia oldschool, a banda investe em palhetadas e blast beats muito velozes. A sonoridade do baixo vem com grande notoriedade e peso. O vocal gutural de Frank Jones possui um timbre bastante grave, que embora seja característico do estilo, também encaixaria com facilidade em uma banda de grindcore. Apesar da brutalidade sonora, é interessante notar que também há uma atenção para partes melódicas (dentro do que o gênero permite, claro), solos e trechos cadenciados. "Reversed - The Exterminator of Wretches" mostra levadas compassadas, além de um bom repertório do vocalista, com vocais mais agudos e rasgados, 

Em "Manifest in Fury" e "Forging Extinction" a linha do baixo mostra a grande importância do instrumento na banda, tornando a obra mais sólida e completa, com muito peso e coesão, encaixando muito bem na proposta do som. "Southeast Warfront" tem uma veia tradicional do Death Metal, com um quê do metal extremo brasileiro e alguns elementos experimentais que dão resultados interessantes à composição. "Plague Eradication" tem uma pegada interessante, quase pendendo ao Heavy Metal, como se fosse uma versão extrema de um som clássico. Ao mesmo tempo em que possui outros trechos na linha death/black e destila solos de guitarra em uma pegada oitentista. Tudo isso faz com que a faixa seja uma das mais completas e complexas do álbum. 

A faixa-título "Ignition to the Apocalypse" é a que encerra o full-length e trata-se de uma das mais brutais de todo o trabalho. Com blast beats e riffs que assemelham-se à uma metralhadora de alto calibre, a escolha desta faixa para fechar o trabalho foi acertada, pois resume bem o que é a banda. E assim como se inicia, o álbum encerra com ruídos de guerra, o que combina e muito com a musicalidade dos bangers. Resumidamente: se o seu negócio é metal extremo, veloz, bruto e sem frescuras, você deve cair de cabeça neste álbum. 

Algum tempo após o lançamento do álbum, o vocalista e guitarista Frank Jones deixou a banda e foi substituído pelo vocalista Raul Frezza. A formação atual, além do novo vocalista, conta com Franklin Mello (baixo), Sérgio Alcântara (guitarra) e Caimi Nery (bateria). 

O álbum está disponível nas versões física e digital. Confira abaixo:

CD físico:


CD digital:

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