Os cariocas do Vociferatus chegam ao oitavo ano de estrada e
nesse dia 23 de setembro lançam o primeiro álbum full-length, intitulado
"Mortenkult". O selo responsável pelo lançamento é a Eternal Hatred
Records. Produzido por Luiz Freitag e John Marque e masterizado por George
Bokos (ex-guitarrista do Rotting Christ) no GrindHouse Studios na Grécia. A
capa foi responsabilidade de Marcelo Vasco, artista que assinou a capa de
Repentless, último álbum do Slayer, além de ter trabalhado também com o
Soulfly, Machine Head, Dimmu Borgir e outras bandas.
Anteriormente à este trabalho, a banda lançou três
outros registros: a demo Vociferatus em 2010, o EP "Blessed By The Hands
of Flames" em 2011 (disponibilizado para download. Clique aqui para baixar) e o single "Storms
Are Mine" em 2015, presente neste álbum.
Ao acompanhar os trabalhos da banda, percebe-se a
nítida evolução. A cada registro lançado, os músicos mostram um amadurecimento
natural de quem possui talento e sempre soube o que estava fazendo. Um
amadurecimento que não para na parte técnica e avança para as composições e
entrosamento.
A faixa de introdução “Eloi, Eloi, Lama Sabachthani” com
ruídos de guerra misturados à possíveis cânticos islâmicos apresentam uma “aura”
tensa, abrindo caminho para o que vem pela frente. “Blood Runs Over Bayt Lahm” chega
apresentando toda a banda à quem ainda não conhece, com a bateria se destacando
em um blast beat “controlado”, as guitarras se interpondo em base e lick que
contribuem para a atmosfera pesada desde os segundos iniciais do álbum, uma
breve passagem solo do baixo e com um urro gutural do vocalista Pedrito
Hildebrando. A música segue com um excelente trabalho das guitarras, despejando
riffs muito bem trabalhados e um ótimo casamento entre cordas e percussão, sem
mencionar as notas em um piano que complementam magistralmente o ambiente
criado na música.
Em “The New Opposition” o ponteiro do velocímetro sobe, com Augusto
ditando o ritmo com blast beats insanos. O Destaque dessa música fica para o
ótimo trabalho dos vocais de Pedrito, alternando entre grave e rasgado, oferecendo
um excelente resultado final à linha vocal.
“Storms Are Mine”, single lançado em 2015, oferece uma gama de riffs
e arranjos das guitarras que somadas às palhetadas. O baixo de Lucas Zamdomingo
surge em perfeita sincronia, preenchendo todos os espaços necessários. Há uma boa variedade de ritmos nesta faixa,
tornando-a uma das mais completas do álbum. Seus mais de cinco minutos passam
em um instante, o que prova que é também uma das melhores músicas deste
trabalho.
“Terrível Coisa É Cair Nas
Mãos do Deus Vivo” é uma faixa instrumental composta por cítaras e percussões
orientais e contribui bastante para a já citada “atmosfera pesada” do álbum. Logo
em seguida, vem a faixa-título, “Mortenkult”, para mostrar todo o controle que Augusto
possui sobre sua bateria, iniciando a faixa com viradas rápidas e secas e
chamando o resto da banda para a insanidade que se segue. Belas dobras das
guitarras e mais uma vez uma seleção de ótimos riffs. Há também um interessante
e diferente trabalho de percussão compondo o “miolo” da música.
“Chaos Legions Battlefront” abandona por um instante a aura que
compõe a maior parte do álbum e parte para um lado mais black, mas a essência
da banda está presente nesta faixa. É a música mais curta do álbum e uma das
mais rápidas também, com um forte coro.
“Where Hope Dies” e “Amenti”, as duas faixas mais longas do álbum
fecham o trabalho primorosamente, comprovando o som cimentado no Blackened
Death Metal.
A produção do álbum merece um capítulo à parte. Que trabalho
perfeito, capturando tudo o que a banda oferece, merecidamente. Sem dúvidas, “Mortenkult”
se posicionará entre os melhores trabalhos nacionais dos últimos anos.
O álbum estará disponível na versão física em breve,
mas já está disponível para audição online nos links abaixo:
Spotify: https://goo.gl/Snbqvh
Deezer: https://goo.gl/QIoF0R
Google Play: https://goo.gl/Wxcr3t
Amazon Music: https://goo.gl/uR8Aux
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