quinta-feira, maio 11, 2017

Scalped Disponibiliza Novo Single Para Download


"Death Metal brutal de Belo Horizonte-MG". Essa é a maneira mais honesta de definir o som dessa banda. O single recém divulgado pelos mineiros do Scalped é uma patada violenta na cara. Intitulado "Chemical Empire", o som é o mais puro Death Metal, com um ótimo trabalho dos vocais grave e agudo que se completam e preenchem o ambiente com uma atmosfera animalesca. Riffs e solos despejados com técnica, velocidade e ódio e uma cozinha pra lá de pesada. Blast beats insanos do baterista, que conduz o tempo da música com precisão psicótica (parafraseando o Cannibal Corpse). "Chemical Empire" é o single do aguardado álbum Synchronicity of Autophagic Hedonism, previsto para o segundo semestre desse ano. O álbum contará com 11 músicas, tendo a competência das gravações o Estúdio Óxido com Thiago Prado, o Estúdio Roffer e a produção de Marcelo Roffer.

Com a palavra, a banda:

"A faixa aborda de forma crua, direta e de maneira honesta um relato sobre os grupos de ódio, o narcotráfico, o envenenamento agrícola, a eutanásia involuntária cotidiana, a escravidão democrática e governamental como um todo, a ilusão meritocrática, a depressão, os vícios legalizados e a ignorância como arma de controle em massa."

Os fãs podem ouvir online ou fazer o download do single nos links abaixo:

Ouvir online:

Download: 

quarta-feira, maio 10, 2017

::Resenha:: Hatefulmurder - Red Eyes


Se aproximando de uma década de agressividade sonora, o Hatefulmurder (Death/Thrash Metal do Rio de Janeiro-RJ) lançou em março deste ano, seu segundo álbum, intitulado "Red Eyes" através da gravadora inglesa Secret Service Records. O álbum foi gravado no Estúdio Casa do Mato na cidade natal da banda, mixado e masterizado pelo produtor João Milliet (Angra, Gloria e Raimundos) e é o primeiro álbum com a nova vocalista, Angélica Bastos. A capa, muito bem elaborada, apresenta um conceito muito interessante e até foge um pouco dos padrões do metal extremo, com um visual quase "clean". Fundo branco, com diversos elementos conhecidos da cultura dos homens, como adaptações do "Olho da Providência", "Homem Vitruviano", a Ouroboros, serpente que morde a própria cauda, dentre outras coisas. A arte ficou a cargo do grego Orge Kalodimas - Saketattoocrew. 

O trabalho conta com pouco mais de meia hora de pancadaria muito bem executada. "Silence Will Fall" já dá as caras distribuindo toda a qualidade das guitarras em um riff rápido, acompanhado por uma cozinha pesada. O vocal agudo e rasgado surge no nível certo de agressividade na interpretação da letra. O timbre da voz certamente é outro, mas a nova roupagem que a banda ganhou lhe caiu perfeitamente. 

A faixa-título do trabalho é também um dos maiores destaques, com um refrão cativante, que com certeza deve contar com a participação do público em um coro poderoso. Com arranjos galopantes, essa música segue mais na linha thrash metal, com pedais duplos e ótimas quebras de ritmos ditando o andamento da música. O guitarrista Renan Ribeiro aparece com backing vocals limpos, fazendo um contraste interessante com o gutural de Angélica. 

"Riot" também tem uma veia mais thrash metal, com a bateria certeira, trilhando um caminho rápido e pegado, onde a guitarra também se desloca em um riff muito metal e tradicional. O peso do baixo não passa despercebido, encorpando a composição. Mais uma vez a banda aposta em um refrão marcante. Até dá pra imaginar banda e público com os punhos erguidos cantando "Riot, Riot, Riot. Against it all..". Excelente faixa. Uma das melhores e mais empolgantes do CD.


"Time Enough At Last" presenteia o headbanger com o dobro da agressividade nas cordas vocais, pois ninguém mais, ninguém menos que Mayara Puertas, vocalista do Torture Squad, une-se ao Hatefulmurder para juntar duas incríveis vozes do metal nacional e o resultado não poderia ser nada menos do que excelente. Com uma das faixas mais "na cara" de todo o trabalho, sem tempo a perder, o metal é despejado em doses cavalares nos ouvidos dos fãs. Mais uma vez com um refrão marcante (que facilidade dessa banda em compor bons refrões). 

"My Battle" é, talvez a faixa mais diferente do restante do álbum. O peso, a velocidade e a agressividade, obviamente, estão presentes, mas há também passagens mais cadenciadas e uma presença mais notável dos vocais limpos, o que, provavelmente faz com que a faixa destoe um pouco das demais. Longe de ser algo negativo, a música é sim muito boa, com riffs bem construídos e uma presença de destaque para o baixo e seu peso.

Com levadas cadenciadas muito boas, "You're Being Watched" não deixa a peteca cair com trabalhos muito bons dos vocais e com uma bateria ora compassada, ora acelerada na medida certa. 

Fechando este, que certamente se destacará entre os melhores álbuns nacionais de 2017, a banda executa "Creature of Sorrow". Uma das músicas mais pesadas, onde todos parecem se empenhar nesse aspecto. Um vocal gutural dos mais hostis é apresentado aqui, bateria agredida sem misericórdia e guitarra e baixo entornando notas violentas. A música mostra também uma boa diversidade, já que possui momentos mais melódicos e virtuosos.

Produção musical e arte visual impecáveis, músicos entrosados, criativos e com sangue nos olhos, resultando em um trabalho incrível. "Red Eyes" é sem dúvidas um dos melhores álbuns de metal nacional composto nos últimos anos. 

Se ainda não ouviu, escolha abaixo uma das plataformas onde o petardo está disponível e se já ouviu, nunca é demais.

iTunes
Spotify

segunda-feira, maio 08, 2017

Coletivo La Migra Disponibiliza Bandas Nacionais Para Download


O site Coletivo La Migra disponibilizou em seu site álbuns completos de diversas bandas nacionais de metal e hardcore para download gratuito. A ideia do projeto é promover as bandas, divulgando seus trabalhos e sempre incentivando a venda de produtos originais. Além disso, o Coletivo La Migra também abre espaço para as bandas que queiram disponibilizar seu trabalho para download no site. Somente nessa semana, algumas bandas renomadas do metal nacional como Chaos Synopsis, Hatefulmurder e Nervochaos tiveram seus trabalhos mais recentes adicionados à lista de downloads do projeto. 

Para conferir a lista completa dos álbuns, acesse o link abaixo e fique por dentro das novidades. Um novo álbum deve ser disponibilizado a cada semana. 

sábado, maio 06, 2017

Blixten Divulga Primeira Música


Do interior de São Paulo, com integrantes de São Carlos e Araraquara, a banda Blixten foi fundada em 2013 e tem influências de Heavy Metal e Hard Rock. Em processo de composição para seu primeiro trabalho de músicas autorais, os paulistas divulgaram hoje (06 de maio) sua primeira música, intitulada "Like Wild". A faixa foi gravada no Shuffle Home Studio na cidade de São Carlos em abril de 2017.

"Like Wild" está disponível para audição online e download gratuitos no Soundcloud da banda. O link encontra-se abaixo. Na próxima quarta-feira (10 de maio), a Blixten apresenta-se na sede do Motoclube Místicos do Asfalto em Araraquara-SP. Link do evento: https://www.facebook.com/events/939763662793359/

A primeira composição da banda dá uma pista da identidade que vem sendo forjada. Com arranjos rápidos, vocal agudo rasgado e uma cozinha pesada e coesa, o som segue a linha do heavy metal tradicional. Mantendo a dedicação, certamente a banda tem tudo para evoluir ainda mais na velocidade de seus riffs.

Para baixar ou ouvir a primeira música clique no link abaixo:

Soundcloud Blixten

quarta-feira, maio 03, 2017

Entrevista com Boka - Ratos de Porão

Mais de três décadas de pancadaria sonora, dedos nas feridas da sociedade e reconhecimento nacional e internacional. Falar sobre o Ratos de Porão sem soar repetitivo é uma tarefa árdua, pois todo brasileiro fã de metal, punk e hardcore conhece a banda e sabe da sua enorme importância para a cena nacional. Conversamos com o baterista Boka sobre a carreira do Ratos, formações da banda, política, sociedade e outras coisas. Confira o bate-papo abaixo, publicado originalmente no site parceiro Portal do Inferno. 


Morticínio Produções: São trinta e seis anos desde a fundação e trinta e três anos desde o primeiro álbum. Muitos de seus fãs ainda não eram nascidos quando o Anarkophobia, já em 1991, foi lançado e com certeza, alguns não chegaram a ver o lançamento do Carniceria Tropical, pois este também já tem vinte anos de história. Como é para uma banda como o Ratos atingir mais de uma geração de fãs?

Boka: Este sempre foi um dos motivos da banda continuar, se não tivéssemos mais gente nova interessada na banda, nossos shows já estariam muito vazio desde o final dos anos 90. Outra coisa é a resistência do underground e dos estilos de músicas mais extremas através das décadas. Talvez seja algo que jamais acabe. Quer saber a verdade? Para nós é um prazer e uma alegria muito grande poder estar a tanto tempo tocando numa banda tão foda quanto o Ratos de Porão.

Morticínio Produções: Desde a chegada do Juninho, essa é a formação mais duradoura da história da banda. Antes dele, o Ratos chegou a ter vários baixistas. Por que essa formação tem dado tão certo? É a melhor formação que a banda já teve?


Boka:
 Na verdade o Juninho é um cara de fácil convivência, gosta muito do que faz e tem vontade sempre, como músico, ele tem muita qualidade e certamente agrega para a banda. 
Os outros baixistas que passaram pelo Ratos com exceção do Jabá, pediram pra sair, houve alguns problemas e talvez tenha sido a melhor decisão que eles tomaram. Vida que segue…

Morticínio Produções: Vocês gravaram versões em inglês de alguns álbuns, mas deixaram essa prática para trás. O último álbum, Século Sinistro ainda contém no encarte traduções para o inglês, pois o Ratos tem um nome forte no exterior. Se pintasse uma boa proposta para fazer uma versão em inglês do Século Sinistro ou até de um álbum mais antigo, como o primeiro e clássico Crucificados Pelo Sistema, seria algo a se pensar?
Boka: Bem, esta é mais parte do Gordo, mas na real é que o Ratos não soa bem em inglês, por mais que ficasse legal e o público de fora não entenda o português, o timbre da voz muda e o Gordo não tem tanta fluência assim no inglês pra fazer isso, acho que hoje em dia tornou-se irrelevante pra banda cantar em outra língua.
Morticínio Produções: Em 2012, em um show do Ratos na cidade de Leme, interior de São Paulo, logo no início do show, provavelmente ainda na primeira música, testemunhei um dos presentes proferindo algumas ofensas e provocações à banda. No mesmo ano em Uberlândia/MG, outro cidadão fez uso da mesma prática e, pior, ainda subiu no palco para brigar com João Gordo. A pancadaria tomou conta do local e o cara acabou levando a pior. Esse tipo de provocação ainda acontece com muita frequência nos shows do Ratos?
Boka: Na verdade, uma vez ou outra acontece um episódio destes. Daí a gente comenta durante uns 2 ou 3 dias e esquece. Sempre tem alguém que está chapado e que passa um pouco do limite ou que está no lugar errado e acaba se exaltando.
Morticínio Produções: Vocês chegaram a ouvir o comentário sensacionalista (tinha até música de suspense de fundo) de uma rádio local, criticando o “Ratos DO Porão” (sic) pela atitude? O vídeo com o áudio está no Youtube.
Boka: Sim, achamos engraçado. Só isso.
Morticínio Produções: A música Viciado Digital fala um pouco sobre o que a internet tem se tornado. Muitas pessoas com necessidade de exposição e de provar aos outros (até para desconhecidos) que são pessoas boas ou como são fodas em alguma coisa. Fora isso, é também uma terra de conflitos, onde raramente uma opinião diferente é respeitada. Especialmente opiniões políticas. Vocês sofrem com essa intolerância de opiniões nas redes sociais? Será que há algo de bom a ser tirado dessa situação como um todo?
Boka: Todo esse fenômeno digital é novidade para todo mundo, acho que as pessoas de um modo geral estão aprendendo e descobrindo como lidar com a internet e redes sociais, mas acho que existe um vicio sim, meio que estar online por estar, etc… isso não é saudável, me incomoda um pouco.
Muita gente fala bem ou mal da gente ou do nosso trabalho, isso é normal, nunca seremos unanimidade, isso é impossível, quem não sabe lidar com isso não pode tocar numa banda, isso vale pra todo mundo, não somente pra gente.
Na verdade é um período de muitas mudanças e a internet em si, mudou as relações sociais e de trabalho, a maneira como agimos, etc… Eu não costumo entrar em embates online, principalmente com quem não conheço, cada um é cada um.
Morticínio Produções: Suas letras abordam os problemas políticos e sociais do Brasil e do mundo há mais de trinta anos. E algumas letras, escritas há muito tempo, infelizmente ainda soam atuais no nosso país. Será que algum dia essas letras se tornarão uma história distante? Ou melhor, acreditar que o Brasil vai melhorar, realmente é uma ilusão?
Boka: A parte lírica do Ratos é meio que um jornalismo punk, não é politizada ou ideológica em sua grande maioria, Gordo sempre deixou isso claro, não existe uma “bandeira”.
A história se repete sempre, isso é estudo na filosofia em geral, vivemos hoje em um mundo capitalista, mas ele não pode ser perpétuo, algum dia vai desmoronar e pode ser que venha algo ainda pior ou melhor, a história prova que os impérios não duram pra sempre certo?
Eu tenho uma visão muito específica e utópica sobre política, as melhoras pontuais são necessárias e as apoio obviamente, meu pensamento é progressista neste sentido, mas quanto a governantes e leis sou um descrente.
Morticínio Produções: Se apresentar no Rock in Rio seria uma boa para vocês? Há chances disso acontecer?
Boka: Recebemos uma proposta uma vez e não agradou, preferimos não fazer.
Tocar em um Rock in Rio poderia sim ser legal, mas não mudará nossa vida em nada, os festivais de metal e punk na Europa ou EUA são bem mais legais e tem a ver com o que pensamos de um festival, muita gente coloca uma participação no Rock in Rio como um reconhecimento, um “prêmio”, não vejo desta forma, puro negócio, normal, não poderia ser diferente. Não que outros festivais não sejam negócio também, mas eles têm uma linha a seguir que tem mais a ver.
Morticínio Produções: E quanto aos festivais mais underground no Brasil, onde vocês já tocaram, como Roça ‘n’ Roll, Otacílio Rock Festival e Maniacs Metal Meeting. Como são esses eventos pra vocês?
Boka: Gosto muito de todos, principalmente o Abril Pro Rock e o Goiânia Noise.
Morticínio Produções: Vocês sempre tocaram covers de bandas que são fãs ou que os inspiraram de alguma maneira. Em 2013, trinta e seis bandas se reuniram para realizar um tributo merecido e memorável, o Ratomaniax, que reuniu grandes nomes do cenário nacional, como Violator, Ação Direta, Delinquentes, Claustrofobia, Korzus e muitas outras. De quem foi a ideia do tributo e qual foi a reação da banda ao ver o resultado final?
Boka: Este tributo foi idealizado e feito por um fã da banda, Eduardo que hoje é baterista do Periferia S.A., acho demais o tributo, gostei muito!
Morticínio Produções: Até o Hillbilly Rawhide entrou na dança, com a versão mais inusitada do tributo…
Boka: Inusitada não sei, mas gosto muito do Korzus e do Social Chaos,
Morticínio Produções: Ainda falta alguma coisa para vocês alcançarem?
Boka: Faltar não falta, mas é sempre muito bom fazer sons novos e gravá-los, portanto ainda tem lenha pra queimar.
Morticínio Produções: Muito obrigado pelo tempo cedido. Foi uma honra entrevistá-los.
Boka: Obrigado!

terça-feira, maio 02, 2017

Veja o novo Vídeo de Heroes of War

Heavy Metal, originários de São Carlos-SP, o Heroes of War divulgou no mês passado o vídeo clipe para a faixa "Hellfire AGM - 144", presente no último álbum da banda, "Saints and Sinners" lançado em 2016 de forma independente. Fundada em 2006 com a proposta de apresentar ao público um som autoral enraizado no heavy metal tradicional, o quinteto também investe no visual em seus shows, com um belo e grande backdrop (ou pano de fundo, como queira) com imagens que remetem à guerras, além de outros elementos  que compõem o cenário e até mesmo um personagem "mascote", batizado de "The Death", que é basicamente A Morte carregando uma bandeira com o nome da banda em um determinado momento de seu show. 

O CD "Saints and Sinners" pode ser adquirido diretamente com a banda através de sua página no Facebook: