segunda-feira, agosto 27, 2018

::Resenha:: Final Holocaust - Plagues and Disgraces



Tradicional banda do interior paulista, com membros que integram a cena underground há muitos anos, o Final Holocaust foi fundado em Cordeirópolis em 2005. Influenciado por bandas dos primórdios do Thrash Metal, o trio paulista gravou em 2006 a demo "Ultimate Power's Rising" que contava com oito faixas, incluindo um cover de "Black Metal" do Venom. Em setembro de 2017, lançam seu primeiro full-length, o álbum "Plagues and Disgraces". Gravado no dB Studio em Leme-SP e produzido por Daniel Bonfogo. A capa é assinada por Tiago Almeida e o layout do CD ficou sob responsabilidade de Rochesther da banda Profane Creation. 

Com oito composições próprias, "Plagues and Disgraces" entrega um som rápido, pesado e honesto, 
sem modernidades e invenções descabidas. Um puro e simples álbum de metal. 

Ruídos de guerra anunciam a batalha musical na faixa de abertura, que leva o nome da demo de 2006, "Ultimate Power's Rising". Um speed thrash metal desferido com voracidade nas palhetadas da guitarra e condução incisiva da bateria. O baixo é facilmente notado, com uma pesada e ótima sonoridade, acrescentando mais peso ao restante do grupo. Logo de cara, o refrão desta faixa se destaca como um dos mais marcantes do disco, grudento e fácil de lembrar. 

"Human Beasts", a mais curta do álbum, com 1:58 de duração, é uma paulada na orelha. Rápida, pesada e tem profundas raízes no old school. Bases e solos tão velozes que quase deixam o ouvinte ofegante. O vocal de Celso Morais alterna-se entre o rasgado e o agudo em um bom refrão. A música é curta, sim, mas muito eficiente.

"Chaos And Madness", com palhetadas em velocidade tão alta, que quase arrancam fumaça das cordas no solo, remete ao bom e velho Venom, além de outras bandas do início dos anos 80. O vocal grave e agressivo ajuda a banda a soar oitentista, mas sem soar datada. O Final Holocaust faz bom uso de suas influências e apresenta sua boa dose de criatividade. 

Tirando um pouco o pé do acelerador, o trio apresenta "Strong 'til The End" e "Spirits of the War". As duas faixas mais cadenciadas do CD e, por esse motivo, acabam se diferenciando das demais. Um descanso merecido para os braços e pernas dos músicos. Algumas boas passagens guitarra/baixo se sobressaem em interessantes duetos em ambas as músicas. Na primeira, há também um coro/do tipo "Oooo" junto a um riff de guitarra que deixa a música mais criativa. Se velocidade não foi o primordial nessas duas composições, o peso está muito presente, como em todo o álbum. 

"Fatal Lust Till Death" e "Victims of Existence" retornam à estrada do speed thrash metal. Em "Fatal Lust...", mais um bom refrão e uma linha de baixo palpável, acompanhando os rápidos riffs da guitarra e compondo uma cozinha pesada e precisa. Em "Victims of Existence" o pedal duplo da bateria ganha destaque ao lado de bons solos que criam o clímax da parte instrumental. 

"Chemical Weapons" fecha o álbum como uma das músicas mais pesadas e com uma atmosfera mais densa que o restante do trabalho. Apresenta riffs com mais melodia e uma ótima sintonia de toda a banda, denunciando o entrosamento dos músicos, juntos há anos.

"Plagues and Disgraces" expressa muito bem a identidade do Final Holocaust. Uma banda que vive pelo underground em prol do som pesado, sujo e caótico, destilando o verdadeiro thrash metal sem espaço para frescuras. O álbum está disponível para venda nas lojas abaixo e diretamente com a banda:

http://www.erinnys.com/1b11e6/final-holocaust-plagues-and-disgraces

https://hmrock.com.br/produto/final-holocaust-plagues-and-disgraces-cd/

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