terça-feira, agosto 22, 2017

Entrevista Com Sangrena


Com as raízes profundas e firmes no Death Metal, quase duas décadas de luta e composições brutais e com um novo álbum prestes a ser lançado, o Sangrena se prepara para mais uma batalha. O álbum "Hunter", segundo na carreira dos paulistas deverá ser um dos marcos mais importantes em sua trajetória. Conversamos um pouco com a banda sobre projetos novos e antigos, shows e a cena nacional. Confira abaixo. 

Em março deste ano vocês lançaram o álbum “Blessed Black Spirit” em formato K7, encerrando o ciclo deste trabalho através do selo Rock Clube Live. Como surgiu essa ideia e como está sendo para vocês relançar o trabalho mais importante para a banda (até aqui) neste formato?

Foi uma iniciativa do Francisco Jr., proprietário do selo Rock Clube Live. Ele chegou com a ideia e concordamos na hora. Sempre curtimos muito o formato K7, lançamos nossa primeira demo nesse formato e fizemos muita troca de K7 por correspondência. Foi muito interessante termos outro lançamento em K7 quase vinte anos depois. Curtimos pra caralho e espero que a gente tenha mais lançamentos nesse formato no futuro.

O Sangrena é conterrâneo do Executer, tradicional banda de Thrash Metal. Contem um pouco sobre a cena atual de Amparo e da região.

Sim, o Sangrena foi formado em Amparo. O Executer é uma grande referência não só para a cena Amparense mas para todo o Brasil. Uma das melhores bandas de Thrash nacional.
A cena em amparo é como na maioria das cidades pequenas, poucos mas reais Bangers que apoiam o movimento underground extremo. Sempre deram muita força às bandas locais e somos muito gratos a todos eles. Hailz irmãos!

Em 2015 vocês gravaram o videoclipe da música “Infernal Domination” com uma produção incrível e com qualidade poucas vezes vista por aqui. Gostaríamos que vocês nos contassem um pouco sobre as gravações, a escolha da atriz que interpretou a freira e aquelas cabeças decapitadas dignas de séries e filmes. (Clique aqui para assistir ao videoclipe)


Também gostamos muito do resultado. Conhecemos o diretor Felipe Filgueiras através do estúdio Mix Music e conversamos a respeito de produzirmos um videoclipe para a música Infernal Domination e ele pirou na ideia. Passaram alguns dias e ele já veio com o roteiro e logo em seguida já começamos as filmagens. A escolha da atriz, as peças de corpo e todo o resto ficou a cargo do Felipe, ele foi o responsável pela qualidade do vídeo. É um excelente profissional.

A música “Deceptive Redemption” divulgada por vocês através de um Lyric Video, mostra uma sonoridade um pouco diferente da encontrada no álbum “Blessed Black Spirit”. Um Death Metal mais old school. O álbum também segue essa linha? O que vocês podem nos falar sobre as composições do “Hunter”? (Clique aqui para assistir ao lyric video)

Quando compomos não costumamos direcionar muito, as músicas saem naturalmente. Acredito que as músicas do Hunter estão mais diversificadas. Tem partes bem extremas, mais rápidas que as do "Blessed...", em contrapartida também temos partes mais cadenciadas e pesadas que dão um ar mais “old school” como você falou. Testamos sonoridades que nunca tínhamos usado antes e ficamos satisfeitos com o resultado.

Quais são os planos e expectativas para a divulgação do novo álbum?

Se tudo der certo o Hunter será lançado no segundo semestre desse ano. Temos o plano de sairmos em turnê pelo Brasil, revermos amigos de SP e de outros estados e tocarmos em lugares que ainda não tivemos oportunidade.

Em 2018 vocês atingem a marca de vinte anos de metal extremo. Olhando para trás, qual é o balanço que conseguem fazer após todo esse tempo?

Quando uma banda se mantém por vários anos no underground, se adquire uma percepção muito ampla da cena. Ao longo desses anos conhecemos vários guerreiros que realmente fortalecem todo o cenário extremo. A cada dia que passa, percebemos a nossa necessidade de nos expressarmos nessa arte. Foi e ainda é um caminho de muitas batalhas, a guerra é longa, mas é muito gratificante.

Como vocês avaliam a união do underground hoje em dia no Brasil e como vocês participam nisso?

Antes de pensarmos na união do underground precisamos trabalhar o nosso apoio individual ao cenário. Muitos headbangers que realmente curtem e se identificam com as bandas estão deixando de comprar o material delas, discos, camisetas, etc. O mesmo acontece com Zines impressos que são fontes muito importantes de informação no underground. Precisamos valorizar o artista local, a banda do seu bairro, da sua cidade, da sua região, do seu país. Acredito que quando tudo isso acontecer a união será inevitável.

Vocês já tiveram a oportunidade de se apresentar ao lado de bandas gringas de renome, como Coroner e o Nile. Como foram essas experiências para a banda e como foi  a recepção do público ao Sangrena nessas ocasiões?

Foram experiências muito interessantes. Tivemos a oportunidade de tocar com uma estrutura melhor do que a habitual e um público maior também. Apesar do público estar lá pra ver a banda principal tivemos uma boa recepção em todos as aberturas que fizemos.

Entre 2014 e 2015 em meio à turnê de divulgação do “Blessed Black Spirit”, vocês se apresentaram em diversas cidades. A maioria do Estado de São Paulo, mas também passaram por Rio de Janeiro e Minas Gerais. Qual a experiência que vocês conseguem tirar de uma turnê como essa?

Em cada show a gente aprende alguma coisa, adquire experiência. Conhecemos muita gente nessa turnê que agregaram valor ao Sangrena. Muitos guerreiros reais do underground que nos incentivam a continuar nessa guerra. Tocamos com muitas bandas que compactuam das mesmas dificuldades e satisfações que a gente e essa troca de experiências é fundamental para o fortalecimento da cena. Estamos muito ansiosos para repetir essa experiência com o lançamento do “Hunter”.

O lançamento de um novo álbum certamente é o ponto alto na carreira de uma banda. Como vocês comparam a época em que o “Blessed Black Spirit” ficou pronto com agora, às vésperas do lançamento do “Hunter”?

A ansiedade é a mesma. O Blessed Black Spirit tinha um agravante, era o primeiro álbum, não sabíamos como seria a recepção do público, mas estamos na expectativa agora com o Hunter também. Nós estamos muito satisfeitos com o resultado e esperamos que ele seja bem aceito entre os Bangers.

Muito obrigado pelo tempo cedido. Desejamos muito sucesso com o Hunter. Fiquem à vontade se quiserem enviar uma mensagem aos headbangers que acompanham seu trabalho.

Muito obrigado pelo espaço cedido ao Sangrena. Pode contar com a gente sempre que precisar. Muito obrigado também a todos os reais Headbangers que fortalecem o Metal Extremo, continuem comparecendo nos shows e adquirindo o material das bandas. Esperamos nos encontrarmos na estrada. Hail!

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