Sete anos separam os dois principais trabalhos do Sacrificed. A banda fundada em Belo Horizonte-MG no ano de 2009 chega ao seu segundo full-length. O aguardado Enraged. Gravado, mixado e masterizado por Lucas Guerra. A bela capa ficou sob responsabilidade de Carlos Fides da Artside Studio. O mesmo artista assinou a capa do primeiro álbum dos mineiros.
Se "The Path of Reflections" já era um ótimo álbum e mostrava uma banda com grande potencial, o "Enraged" é um passo adiante. Sem a intenção de comparar dois trabalhos de épocas distintas, embora comparações acabem se tornando inevitáveis ao comentar novos trabalhos musicais. No entanto, é impossível fazer a resenha deste novo trabalho sem mencionar a evolução que se faz notar. É bom ressaltar que a formação da banda permaneceu quase inalterada desde o primeiro álbum, lançado em 2011, até hoje. A única mudança foi a entrada do guitarrista Ronan Lopes no lugar de Vitor Cornélio. Há de se ressaltar também que essa mudança ocorreu em 2013 e de lá pra cá, o tempo foi nada menos do que um aliado. A paixão pela música que está sendo executada transborda nos fones de ouvido e o entrosamento é, certamente, uma das qualidades que a banda desenvolveu bem com o passar do tempo.
"Enraged" soa como deve soar. Uma belíssima produção, instrumentos limpos, com ótima sonoridade, pesados e uma gama de criatividade de dar inveja. O ano ainda não acabou e, pessoalmente não gosto muito de qualquer tipo de disputas, mas (contradição à parte) arrisco esse trabalho como um dos melhores álbuns do metal brasileiro deste ano. E por que não dos últimos anos?
"Meet Your Fate", que ganhou um belo videoclipe, tem um início com batuques e chocalhos emendando em um som bem pesado, rápido e muito pegado. A voz de Raquel está mais madura e muito viva. A vocalista, especialmente junto aos trabalhos vocais da faixa consegue transmitir uma vibração muito boa nesta obra. Os riffs também são bem interessantes e marcam a faixa em momentos como os que precedem o refrão. Aliás, ótimo refrão. Sem dúvidas, essa música deve funcionar muito bem ao vivo. Ela empolga logo na primeira ouvida e foi uma excelente escolha para abrir o álbum.
Enraged é cheio de grandes momentos e músicas fáceis de cantar e grudar na mente, como a pesada "Shame", com baixo e bateria quase uníssonos, como um soco no peito e "To Whom You Belong". Essa última segue uma linha mais melódica e possui uma boa carga emocional, cujo ápice ocorre no ótimo refrão. É uma das músicas menos pesadas do álbum e, no entanto, também uma das melhores composições. Possui algumas passagens acústicas e um pé no metal sinfônico, mostrando que apesar da fidelidade ao estilo, a banda oferece grande diversidade em seu repertório.
Como prova irrefutável da versatilidade e criatividade, a faixa "Oblivion" tem até um pequeno trecho de samba, voltando, no entanto, imediatamente à uma percussão e base + solo de guitarra bem heavy metal. "Refugees" é uma balada violão e voz com um clima muito bom. E dado à atmosfera e título desta faixa, pessoalmente lamento não ter encontrado a letra. Certamente, torna a obra mais interessante.
"Interlude" tem um início diferentão, quase psicodélico com sintetizadores, migrando para um metal melódico em seguida. Trata-se de uma faixa instrumental, sendo a música mais curta do álbum, com 2:15 de duração e pode funcionar como uma intro para "Thick Skin", mais uma obra muito boa. Aqui, assim como em "Spiral Down", o trabalho dos vocais é intenso. Em "Thick Skin", a banda abre as portas para a participação de Lucas Guerra nos vocais e o resultado final é muito bom. Refrão empolgante, boa presença do baixo e riffs rápidos e diferenciados.
Finalizando o álbum, o Sacrificed apresenta "Into The Hive". O pedal duplo comanda o início da música, mas quem rouba a cena é o guitarrista Diego Oliveira com seu vocal gutural. Os arranjos, a percussão e o vocal dão ares de After Forever e Trail of Tears à música. O refrão, mais um marcante, é de muito bom gosto e o dueto é mais um ponto que merece destaque em toda a obra.
Não é exagero dizer que "Enraged" será no futuro o divisor de águas na carreira do Sacrificed. O álbum que tornou a banda mais forte do que já era, com incrível potencial e uma identidade que não se encontra em qualquer lugar. O trabalho está disponível em diversas plataformas de streaming e a versão física está à venda no site da banda. Os links estão abaixo:
Loja oficial do Sacrificed
Deezer
Google Play
Spotify
"Interlude" tem um início diferentão, quase psicodélico com sintetizadores, migrando para um metal melódico em seguida. Trata-se de uma faixa instrumental, sendo a música mais curta do álbum, com 2:15 de duração e pode funcionar como uma intro para "Thick Skin", mais uma obra muito boa. Aqui, assim como em "Spiral Down", o trabalho dos vocais é intenso. Em "Thick Skin", a banda abre as portas para a participação de Lucas Guerra nos vocais e o resultado final é muito bom. Refrão empolgante, boa presença do baixo e riffs rápidos e diferenciados.
Finalizando o álbum, o Sacrificed apresenta "Into The Hive". O pedal duplo comanda o início da música, mas quem rouba a cena é o guitarrista Diego Oliveira com seu vocal gutural. Os arranjos, a percussão e o vocal dão ares de After Forever e Trail of Tears à música. O refrão, mais um marcante, é de muito bom gosto e o dueto é mais um ponto que merece destaque em toda a obra.
Não é exagero dizer que "Enraged" será no futuro o divisor de águas na carreira do Sacrificed. O álbum que tornou a banda mais forte do que já era, com incrível potencial e uma identidade que não se encontra em qualquer lugar. O trabalho está disponível em diversas plataformas de streaming e a versão física está à venda no site da banda. Os links estão abaixo:
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