Affront - World in Collapse (2018) |
Em novembro de 2018, o Affront (Thrash/Death Metal da capital do Rio de Janeiro) lançou "World In Collapse". Segundo álbum da banda que foi fundada em março de 2016, após o término da também carioca Unearthly, banda de Black Metal que durou de 1998 até 2016. O primeiro álbum foi lançado ainda no ano de fundação da banda e levou o título de "Angry Voices". O mais recente, lançado em novembro de 2018 e a atual formação da banda traz M. Mictian no baixo e vocal, Rafael Rassan nas guitarras e Rafael Lobato na bateria. O entrosamento palpável do trio tem uma explicação. Os três fizeram parte da extinta banda de black metal carioca e, além disso, possuem longa experiência em outros nomes do metal nacional como Imago Mortis, Ânsia de Vômito, Mysteriis e outras bandas.
"World in Collapse" foi gravado no Musicalico Studio no Rio de Janeiro-RJ entre agosto e junho de 2018. Produzido por Rafael Rassan e M. Mictian, mixado e masterizado por Ciero no Da Tribo Studio. A capa e a arte gráfica levaram a assinatura de Edu Nascimento.
Com onze faixas e mais de trinta e cinco minutos de duração, o Affront pratica um Thrash/Death nervoso, com diversas influências. A sonoridade das guitarras, com riffs ácidos, ainda denuncia um gosto pelo black metal. Some o timbre da guitarra à voz de Mictian e você pode notar que ainda há um pouco do Unearthly ali, embora, a abordagem seja completamente diferente, tanto nas letras quanto na execução das músicas. O fato é que encontra-se uma boa diversidade musical nas composições. Não é um simples álbum de Thrash Metal, mas um álbum maduro de uma banda experiente e que sabe dosar todas as suas influências. O casamento do timbre Black com a essência Thrash é, na opinião deste que vos escreve, um dos maiores trunfos do Affront e que, certamente a diferencia de boa parte das bandas contemporâneas. Há uma boa dose de oldschool em suas composições, mas com muita criatividade e até uma certa modernidade, nada exagerado e descabido, claro, apenas o suficiente para que a banda não soe datada. O álbum segue um padrão de qualidade e não desanima ao longo das faixas, pelo contrário, a energia, a criatividade e o poder das composições se mantém inabaláveis do início ao fim. No entanto, algumas faixas merecem maiores destaques:
Na contramão da agressividade, o álbum abre com "Dirty Blood", que traz belos arranjos acústicos dedilhados e trabalhados com um toque de melancolia seguido pela distorção veloz e insana da guitarra de Rassan. Em "Dirty Blood" e "Favelas... Senzalas", a bateria é um verdadeiro tanque de guerra, deixando sua marca impressa com imponência. Pedais duplos ditam o ritmo e preenchem o ambiente. O peso do baixo, com grande importância cria uma cozinha de respeito. Os solos de guitarra são interessantes e remetem ao Heavy Metal NWOBHM.
Nem só de brutalidade, é feito o álbum e os cariocas encontram espaço para levadas mais cadenciadas e envolventes, como em "Monument to Hate", onde os riffs caminham junto com a cozinha e entregam um resultado com muito peso e pegada na veia. "There's No Tomorrow" e "Ancestral" seguem a mesma linha, apostando em compassos menos velozes.
"Violence", já conhecida dos fãs por ter saído como faixa bônus da versão europeia de Angry Voices tem um refrão fácil de cantar e uma ótima variação rítmica, onde até mesmo uma veia rock n' roll se apresenta vez ou outra. Confira o videoclipe feito para esta música, clicando aqui.
A faixa-título "World in Collapse" é uma pedrada certeira. Riffs ríspidos que sintetizam o speed thrash metal, cozinha afinadíssima e uma das faixas com melhores variações rítmicas. Agressiva e rica, a banda mistura a brutalidade do thrash metal cru com levadas compassadas ditadas nos pedais duplos e solo de guitarra melódico. A escolha dessa música para batizar o álbum não poderia ter sido melhor, pois trata-se de uma das melhores, se não a melhor, composição do full-length.
Fechando o trabalho, o choro "Mazurka" do compositor brasileiro Heitor Villas Lobos, onde o setor de cordas destila sua versatilidade e técnica em uma obra pra lá de agradável e por quê não, inusitada? Ao menos como forma de encerrar um álbum de Thrash/Death Metal.
"World in Collapse" é um disco de muita qualidade, técnica e entrega dos músicos, presenteando o headbanger com um álbum honesto, verdadeiramente metal e simplesmente muito bom, daqueles que você ouve repetidas vezes sem perceber. Brutalidade, técnica e versatilidade musical resumem bem o que é o Affront.
Versão física do álbum:
Heavy Metal Rock
Versão digital do álbum:
Deezer
Google Play
iTunes
Spotify
Nem só de brutalidade, é feito o álbum e os cariocas encontram espaço para levadas mais cadenciadas e envolventes, como em "Monument to Hate", onde os riffs caminham junto com a cozinha e entregam um resultado com muito peso e pegada na veia. "There's No Tomorrow" e "Ancestral" seguem a mesma linha, apostando em compassos menos velozes.
"Violence", já conhecida dos fãs por ter saído como faixa bônus da versão europeia de Angry Voices tem um refrão fácil de cantar e uma ótima variação rítmica, onde até mesmo uma veia rock n' roll se apresenta vez ou outra. Confira o videoclipe feito para esta música, clicando aqui.
A faixa-título "World in Collapse" é uma pedrada certeira. Riffs ríspidos que sintetizam o speed thrash metal, cozinha afinadíssima e uma das faixas com melhores variações rítmicas. Agressiva e rica, a banda mistura a brutalidade do thrash metal cru com levadas compassadas ditadas nos pedais duplos e solo de guitarra melódico. A escolha dessa música para batizar o álbum não poderia ter sido melhor, pois trata-se de uma das melhores, se não a melhor, composição do full-length.
Fechando o trabalho, o choro "Mazurka" do compositor brasileiro Heitor Villas Lobos, onde o setor de cordas destila sua versatilidade e técnica em uma obra pra lá de agradável e por quê não, inusitada? Ao menos como forma de encerrar um álbum de Thrash/Death Metal.
"World in Collapse" é um disco de muita qualidade, técnica e entrega dos músicos, presenteando o headbanger com um álbum honesto, verdadeiramente metal e simplesmente muito bom, daqueles que você ouve repetidas vezes sem perceber. Brutalidade, técnica e versatilidade musical resumem bem o que é o Affront.
Versão física do álbum:
Heavy Metal Rock
Versão digital do álbum:
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